domingo, 13 de junho de 2010

E se meu bebê não dorme à noite?

Pois é, este é um problema pra muitas mães... Yasmin, por sorte, ou outros fatores que não identifiquei ainda, dorme a noite toda desde os 4 meses! É claro que depois disso, tive muitas noites sem dormir, por motivos diversos, como dor de barriga, gripe, dentes nascendo, etc. Mas, no geral, ela dorme bem, seja de dia que à noite!!

Mas, pra quem procura uma solução para suas noites mal dormidas, vale ler este livro: Soluções para Noites sem Choro, de Elizabeth Pantley. Ela te ajuda a organizar a rotina de sono diurno e noturno de seu filho, mas de uma forma bem humanizada e coerente. Nada de deixar o bebê chorando no berço até dormir, como sugerem outros livros!

E pra quem não quer ou não pode comprar o livro, tem este grupo de dicussão: http://solucoes.multiply.com/ Lá, tem muitas partes do livro, e outros textos interessantes. Bom sono pra todos!!

domingo, 16 de maio de 2010

Uns chegam, outros partem, é o curso da vida...

Pois é, Yasmin nasceu há 1 ano, está linda, grande, anda, dança, canta, fala mama, babbo (pai, em italiano), Lua (nossa cachorra), dente, papa, sapato, opa, isso, água, tá uma figura!! E é a nossa jóia, o que nos dá força, alegria e leveza pra continuar caminhando...

Neste mesmo 1 ano, morreram minhas duas vózinhas... Ai, que triste! A nonna Antonia, italiana forte, morreu de repente ano passado com 96 anos, deixando meu nonno Innocenzo, com 107 anos, sozinho, tadinho... Ele ainda tá lá, firme e forte, apesar da tristeza de estar só e de não querer comer mais. Eu queria saber qual o segredo da saúde e longevidade italiana...


E olha que eles vieram da Itália depois da segunda guerra mundial, na qual meu avô foi soldado. Trouxeram os 7 filhos, meu pai tinha 8 anos. Aqui trabalharam muito, meu avô foi pedreiro, pipoqueiro, e construiu sua casinha. Alguns filhos casaram, lhes deram netos, bisnetos, tataranetos... Com eles, aprendi a ser prudente, séria, persistente, forte, mas ao mesmo tempo doce e alegre.

Já a siti Fátima, forte também, resistiu 2 anos na cama, sem andar, nos últimos tempos sem comer e quase sem falar. Com ela tive uma vida inteira de vivência! Com ela ficava quando minha mãe precisava, ou quando ela precisava de mim, já mais velhinha. Com ela e meu avô, gido Ahmed, querido, que já se foi há 2o anos...

Com ele caminhava, ia aos parquinhos, via as flores... Ah, o pé de jasmin que ele mesmo plantou, ou Yasmin em árabe, por ele minha filha se chama assim. Minha mãe querida fez uma mudinha, está crescendo forte, ainda falta plantar no chão da nossa casinha, quando for a hora dela chegar, e junto plantar a placenta que alimentou Yasmin por 9 meses. Sim, ela tá congelada na geladeira ainda!

Ah, as romãs, a hortinha, da qual ele colhia salsinha e hortelã pra minha avó cozinhar, e eu comia uns raminhos de tão cheirosos que eram, o jardim tão cuidadinho... O cigarro de palha, que ele mesmo fazia moendo o fumo naquela caixinha... As estórias do deserto, as fogueiras para assar batatas, as uvas, a raposa que vinha roubar a comida à noite...

Com ele, aprendi que a família é a coisa mais importante da vida, e que devemos lutar para mantê-la harmoniosa e unida. E os amigos, os bons amigos, estes duram pra vida inteira. Me ensinou a respeitar as diferenças, sejam elas de raça, religião, opinião. E que o mundo deveria ser mais pacífico e igualitário.

Com a siti aprendi a não jogar comida fora (rsrsrs), a ser econômica, a ser ativa, a cozinhar, a respeitar os mais velhos, os amigos, os irmãos, a me dedicar aos estudos. A costurar, nem tanto, isso foi minha mãe que aprendeu, e muito bem por sinal! Ah, os cheiros daquela cozinha, as esfihas, charutinhos, abobrinhas, coalhada seca, pão árabe, hortelã seco, michui, kafta, arroz com beringela, tabule, coalhada quente, coalhada com pepino... É, as lembranças vão ficar marcadas pra sempre na minha memória...

Faço aqui uma homenagem a estes quatro seres iluminados, que me ensinaram tanto, e que continuarão vivos na Yasmin, em seu sangue, em seu DNA, em sua história... Um pedacinho de cada um deles, que vão ficando eternizados através das gerações... Que suas trajetórias de vida continuem presentes neste mundo por muitos e muito anos... Com brilho, força e alegria...

sábado, 8 de maio de 2010

A dor e a delícia de ser mãe...

Ser mãe é sofrer e sorrir. É estar triste e cantar uma alegre canção. É chegar à exaustão e ter forças pra carregar o filho. É sentir fome e amamentar. É querer dormir e fazer dormir seu filho. É amar sem esperar ser amado. É estar triste e feliz ao mesmo tempo. Será isso possível?
Estou muito feliz, e tem dias em que minha felicidade é tão grande, que nem caibo em mim... Mas tem dias em que me sinto muito sozinha. E aí penso em como era minha vida antes da Yasmin. Ai, que culpa pensar assim...

Sinto culpa por querer tomar um banho mais longo, comer tranquilamente, fazer cocô com calma, dormir até tarde, ler um livro, sair, namorar, fazer as unhas, assistir TV, ouvir música, ou não fazer nada... Queria voltar a ter controle sobre a minha vida.

Mas, ao mesmo tempo, não me vejo sem a Yasmin, sem seu sorriso e seus olhos enormes. E este é o grande ganho, ter uma companheira pra vida inteira. Pra juntas caminhar, aprender, rir, chorar, crescer, amar... No fim, ser mãe é muito difícil, mas também é muito lindo! E não me vejo mais sem este serzinho que me alegra todos os dias...

domingo, 21 de março de 2010

Vai um cineminha, mamãe?

Existe um projeto chamado CineMaterna que oferece filmes para as mães e pais acompanhados de seus bebês com até 18 meses. Isso mesmo! Vc vai ver seu filminho e pode levar seu bebê!

As salas têm som reduzido, ar condicionado mais suave, um pouco de luz e ainda trocador e tapete de atividades. Os filmes são escolhidos pelo público através de enquetes na internet, e as opções são indicadas por um crítico de cinema. Normalmente são comédia, romance, drama, e nada de violência ou terror.

Eu tenho ido com a Yasmin desde que ela tem 4 meses. E tem sido muito divertido! Entrem no site e se cadastrem: http://www.cinematerna.org.br/. O projeto já existe em várias cidades brasileiras!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

E vamos slingar...



Vocês têm visto quantas mães por aí carregando seus bebês em slings? Aliás, vocês sabem o que é sling? Eles são aqueles carregadores de bebês de tecido, que as índias usam, as africanas, as chinesas e tantas outras mães pelo mundo afora. E nós temos copiado esta tradição maravilhosa. Em inglês, o termo é babywearing, que descreve a experiência de estar tão pertinho do seu bebê a ponto de vestí-lo.

O sling oferece muitos benefícios pro bebê. Crianças carregadas em slings choram menos, têm maior campo de visão, sentem-se mais seguras, dormem melhor, aprendem mais, desenvolvem melhor sua habilidade motora, coordenação e equilíbrio, além de melhorar sua comunicação com a mãe. Já pra mamãe, melhora a auto-confiança, facilita a locomoção, permite uma amamentação discreta, deixa as mãos livres, ajuda a fazer o bebê dormir. E o melhor, o bebê fica calmo, em contato com o calor do corpo da mãe, sua voz, seus movimentos e os batimentos de seu coração. É como a extensão da gravidez!

Existem muitos tipos de slings, o de argolas, o pouch, o wrap e o tradicional canguru. Eu tenho usado o de argolas, que minha mãe querida fez pra mim, mas tenho muita vontade de usar o wrap, que divide o peso do bebê nos dois ombros e na cintura... O importante na hora de comprar seu sling de argolas é verificar as mesmas, que podem ser de ferro ou de nylon, esta última melhor do que a primeira. Elas não devem ser abertas, ocas, de metal banhado, de madeira, de plástico ou PVC, e nem possuir emendas ou soldas. O seu tecido não pode ter costura única, reta e direta pra fixar as argolas.

Neste site, www.slingando.com.br, tem muita informação e até vídeos pra te ensinar a usar cada sling, com o bebê em posições diversas, vale a pena dar uma olhada! Tem também o site da Babywearing Brasil, www.babywearingbrasil.org, que está em manutenção, mas espero que volte logo!